Considerações Importantes, Reflexões e Dicas

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Antes de tomar a decisão de adquirir um Dobermann, você deve fazer uma reflexão e avaliar as seguintes questões:
  • Você tem espaço suficiente em casa para um cão de grande porte?
  • Você dispõe de tempo para dedicar ao cão, diariamente?
  • Você tem paciência para educar o mesmo desde pequeno?
  • Você terá firmeza suficiente para se impor?  

Na hipótese da resposta ser “não” ou “não sei” para qualquer uma das questões acima, sugiro reconsiderar sua intenção e buscar outra raça. 

Se a resposta for “sim” para todas as questões saiba que o Dobermann, principalmente o tipo europeu, não é um cão para qualquer dono. Ele exige, além dos itens relacionados nas perguntas anteriores, alguém com experiência para ser seu “líder”. 

Com relação à saúde, saiba que criadores ainda não podem garantir que os filhotes de dobermann serão 100% livres de DCM, mas ao fazerem testes e exames auxiliares as chances diminuem e demonstra-se tanto preocupação, como um mínimo de responsabilidade por parte dos mesmos. 

Muitos criadores gostam de destacar, quando anunciam suas ninhadas, os títulos dos pais. Mas o que isso quer dizer? Um filho de Campeão quer dizer que o pai tem um título de conformação (beleza), ou seja, sua estrutura foi avaliada por juízes em exposições e a mesma estava mais próxima do padrão oficial da raça em relação a outros cães naquelas exposições. Um título de Campeão ou Grande Campeão brasileiro não é único, pois temos dezenas de novos campeões brasileiros todos os anos. Ser um “filho de Campeão” não garante que necessariamente o filhote também será um Campeão de exposição de beleza, mas a chance do mesmo estar dentro e muito próximo em todos os aspectos do padrão oficial da raça aumenta significativamente.

Sob este aspecto, segue abaixo um texto esclarecedor da criadora e árbitra Paloma Pegorer do Canil Lapinus com apoio de Carlos Albuquerque - Canil Javary

É importante que as pessoas entendam o que é o padrão de uma raça e para que ele foi criado. Não existe cão perfeito, ou seja, que cumpra todas as referências do padrão. Nem os mais belos exemplares, os campeoníssimos, que participam de exposições ao redor do mundo são perfeitos. Portanto, acho um pouco fora de contexto quando um proprietário de um “pet” diz: “meu cão está fora do padrão”, baseado no fato deste exemplar ter algumas características que não batem exatamente com o padrão escrito. Sou juíza cinófila e posso dizer que NENHUM cão, mesmo os de exposição são a cópia perfeita do padrão!

O padrão escrito é uma diretriz do ideal, praticamente uma utopia, não existe cão que seja 100% o descrito no padrão. Acho importante que compradores pet saibam disso. Um cão pet tem que ser saudável e estar dentro dos parâmetros básicos para a raça dele. Por exemplo: tipo, tamanho, cor, tipo de pelagem.

Por tudo isso não faria sentido um proprietário de um pet reclamar de dentição, de cauda mal colocada, pigmentação, aprumos, movimentação...

Detalhes técnicos que usamos em exposições para seleção dos melhores exemplares que futuramente serão usados para reprodução e consequentemente a perpetuação de sua raça.

Um pet tem que ser saudável e com temperamento típico da raça, além de ter as características físicas que o identificam como um exemplar da raça (tipo).

Caso o futuro proprietário esteja empenhado em ter um pet que seja o padrão da raça em “carne e osso”, que ele então esteja também com o bolso preparado para pagar por esta exigência. Quanto mais um cão se aproxima do padrão escrito, mais caro ele custa!